ATA DA CENTÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 1º-11-2010.
Ao primeiro dia do mês de
novembro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas,
foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Toni Proença.
Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Aldacir José
Oliboni, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Idenir
Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Mario Manfro, Nilo
Santos, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA,
foi encaminhado, pelo vereador Haroldo de Souza, o Projeto de Lei do
Legislativo nº 173/10 (Processo nº 3768/10). Do EXPEDIENTE, constaram os
Comunicados nos 76050, 76051, 76052, 76053, 76054, 76055, 76056,
76057, 76058, 76059, 76060, 76061, 76062, 76063, 76064 e 76065/10, do senhor
Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum
deliberativo, foram aprovadas as Atas da Nonagésima Terceira, Nonagésima
Quarta, Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta e Nonagésima Sétima Sessões
Ordinárias e da Décima Terceira Sessão Extraordinária. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Reginaldo Pujol,
Pedro Ruas, Mario Manfro, Idenir Cecchim, Sofia Cavedon, esta pela oposição,
Toni Proença, Mauro Zacher e João Antonio Dib. Em GRANDE EXPEDIENTE,
pronunciaram-se a vereadora Fernanda Melchionna e o vereador Engenheiro
Comassetto. Na oportunidade, foi apregoado documento atestando que o vereador
Alceu Brasinha compareceu em audiência junto ao Poder Judiciário do Rio Grande
do Sul no dia vinte e cinco de outubro do corrente. Ainda, o senhor Presidente
registrou o transcurso, hoje, do aniversário do vereador Aldacir José
Oliboni, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de
felicitações a Sua Excelência. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores
Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Tarciso Flecha Negra, este em
tempo cedido pelo vereador Dr. Thiago Duarte, e Reginaldo Pujol, este em tempo
cedido pelo vereador Elias Vidal. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão,
estiveram o Projeto de Lei do Legislativo nº 108/10, discutido pelo vereador
Reginaldo Pujol, os Projetos de Lei do Executivo nos 040, 041 e
042/10 e os Projetos de Resolução nos 032 e 033/10. Às dezesseis
horas e oito minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador
Nelcir Tessaro e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos
senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico:
Atas das 093ª a 097ª Sessões Ordinárias e da 013ª Sessão Extraordinária.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, da Verª Maria Celeste, do Ver. Mauro Pinheiro, que
estão aqui, nós queremos, com muito júbilo, e pedindo licença aos nossos
colegas que tiveram outra opinião política neste 31 de outubro, lembrar, Ver.
João Dib, que também foi no dia 31 de outubro, no longínquo ano de 1930, que os
gaúchos ataram os seus cavalos no obelisco, no Rio de Janeiro, abrindo com
isso, de fato, a Revolução de 1930. Eu creio, meus caros companheiros
trabalhistas que estão aqui, que estiveram conosco, e com outros, que nós agora
- e eu falo especialmente às nossas colegas mulheres, às mulheres do Rio Grande
e do Brasil - elegemos a primeira mulher Presidenta desta Nação.
Com muito júbilo, nós vamos iniciar uma nova era.
Eu acredito que será uma grande era de tolerância e de compreensão. A
Presidenta eleita foi muito clara, ontem, ao dizer que estendia a sua mão à
oposição, àqueles que não votaram em seu nome. E, evidentemente, não poderia
ser outra a postura da Presidenta eleita, Dilma, porque nós vamos dialogar com
o conjunto da Nação brasileira.
Eu acho que esta segunda-feira é um grande momento
para reflexões. Nós não vencemos o pleito no Rio Grande do Sul; o nosso
adversário venceu no Estado e venceu com uma pequeníssima margem em Porto
Alegre. Também isso, Ver. Pujol, merece, respeitosamente, uma reflexão, e nós a
faremos.
Nós, do Partido dos Trabalhadores, temos muito orgulho de ter contado com o apoio de vários Partidos políticos. Inclusive, neste momento, quero me referir especialmente ao PTB e ao PDT, que não estiveram juntos, todos, pelo menos, na questão da eleição para o Governo do Estado, mas a maioria já estava; o PDT estava por completo, no primeiro turno, com a companheira Dilma. Eu acho que agora nós temos que fazer essa caminhada, olhando para o conjunto da Nação e para as expectativas do povo brasileiro.
Eu quero dizer, Verª Maria Celeste, que eu acredito que o olhar para as crianças será muito grande; o cuidado com as crianças. Está no programa - a Presidenta Dilma colocou isso reiteradas vezes -, e nós sabemos aqui, Vereadores, mais do que ninguém - Juliana Brizola, Mauro Zacher -, quanta falta de creches nós temos na periferia. Eu tenho certeza de que o Ver. Paulinho Rubem Berta enxerga isso não apenas na sua Região, e o Ver. Toni Proença, que pilotou o Orçamento Participativo, sabe melhor que qualquer um de nós aqui o quanto nós temos de dificuldades na Educação Infantil. Isso tem sido algo muito caro, principalmente para o PDT, e esperamos que estejamos juntos no Governo do Estado também, para que possamos, tanto aqui na Câmara - e a Juliana, que nos deixa, estará certamente conosco - como na Assembleia, estar em sintonia nesses temas que são muito importantes, como a Educação, especialmente a Educação Infantil.
Outro tema que tem sido muito debatido nesta Casa,
Ver. DJ Cassiá e meu caro Ver. Ferronato, é a questão da Saúde. Há uma
expectativa de quem será o Ministro, mas o nome e o Partido do Ministro não
definirão por si só a questão da Saúde no Brasil, mas será a sociedade civil
organizada, demandando, exigindo tratamento digno para a Saúde do nosso povo.
É claro que haverá outros temas, como a Segurança,
pois em alguns lugares no Brasil este tema é um grande flagelo. E nós
continuaremos aqui muito vigilantes.
Por isso, em nome da nossa Bancada, eu quero dizer
muito obrigado a todos que estiveram conosco, e, àqueles que estiveram do outro
lado, quero dizer também que contarão sempre conosco, com um diálogo franco e
aberto. Obrigado! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores presentes, eu também acho que, na tarde de hoje, precisamos parar
alguns momentos para fazermos algumas reflexões. Também acredito que, dos
resultados das urnas que aí decorreram, nós, no tempo vindouro, e brevemente,
vamos continuar debatendo esse tema, até pela sua relevância no seio da vida
social e econômica do nosso País, para registrar que estaremos atentos a tudo
que acontece aqui em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no País inteiro.
Nesta hora, eu acho que é importante se fazer uma
reflexão sobre o que aconteceu nas eleições de 2010, e vibrar, com alegria e
entusiasmo, os resultados que alcançamos. Nós, do PSB, na coligação que tivemos
no Rio Grande do Sul e em nível de Presidência da República, vencemos as
eleições, e acredito que vence o povo brasileiro com a nossa Presidenta Dilma!
Esta vitória merece um registro todo especial! Nós vencemos as eleições aqui no
Estado do Rio Grande do Sul com o Governador Tarso Genro. Nós, do PSB, também
vencemos nas eleições para Senador, pois todos votamos no Paulo Paim e na
Abgail. Nós vencemos as eleições, quando indicamos o nosso Vice-Governador
eleito, nosso particularíssimo companheiro e amigo Beto Grill. No Parlamento,
em Brasília, tínhamos - ainda temos - apenas um Deputado Federal de valiosa colaboração
e competência, o Deputado Beto Albuquerque. Pois de um, passamos para três;
elegemos três Deputados Federais. Na Assembleia Legislativa do Estado, tínhamos
dois valentes e briosos Deputados Estaduais; agora, passaremos a ter três.
Em nível de País e de Estados, a nossa façanha
também foi extraordinária. Nós, com entusiasmo, registramos que elegemos seis
Governadores. Para ter-se uma ideia, o PSDB elegeu oito; nós, do PSB, elegemos
seis; o PT e o PMDB elegeram cinco Governadores cada Partido.
Feita essa reflexão e esse registro dos números,
nós também acreditamos que em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e em todo este
vasto território brasileiro, nas maiores cidades e nos mais longínquos rincões
desta terra, nós precisamos, em primeiríssimo lugar, de Saúde e Educação. Nós
precisamos, para tanto, de salário e renda. Daqui a pouco, farei uma reflexão
mais cuidadosa sobre esses temas. O caminho a perseguir para atingirmos mais
salário e mais renda é mudar radicalmente a política econômica e acompanhar de
perto a micro e a pequena empresa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, registra a história da expansão romana que dos primórdios da
expansão do Império Romano, quando os etruscos, os gauleses e
os outros foram progressivamente sendo dominados pelos romanos, houve um
momento em que um desses povos foi derrotado, e, na saída dos romanos, da
libertação desse local, foi exigido o pagamento de resgate em moedas de ouro,
que era a moeda da época. Quando o resgate estava sendo colocado sobre uma
balança, o general romano que comandava o espetáculo colocou a sua espada sobre
o outro polo da balança, e, diante da resposta e da reclamação dos vencidos,
exclamou: “Ai dos vencidos”! A história repete esses fatos.
Hoje, por exemplo, eu
observo que os festejos pela vitória da candidata oficial à Presidência da
República parte dos mais diferentes polos da vida pública nacional. Eu acho que
são poucos os Partidos não estão se considerando vitoriosos no dia de hoje.
Obviamente, entre os
vitoriosos, Ver. Dr. Raul e Ver. Haroldo, eu não incluo o guapo PMDB gaúcho, na
sua grande maioria, que teve a hombridade de se definir em tempo hábil, ainda
que tardiamente. Obviamente que o mesmo eu não posso dizer para a maioria dos
Partidos.
O PDT, é lógico, já
estava dentro do primeiro turno oficialmente, com a candidatura da Dilma. Nós
sabemos que a Liderança do PDT estava, mas não os liderados do PDT, grande
parte dos quais, especialmente no Rio Grande do Sul, não votaram nessa
candidatura. Outros Partidos migraram rapidamente, numa rapidez impressionante.
Então, eu quero dizer
ao Ver. Adeli, que fala com a eloquência de tribuno vitorioso, que certamente
irão existir neste País - e nesta Casa não deverá ser diferente, ilustre
Vereador Presidente - vozes que não serão cooptadas, pessoas que não irão
aderir.
Esse leque de
adesões, esse verdadeiro prelúdio da Guerra de Secessão entre a metade Sul do
Brasil e a metade Norte, porque os festejos gaúchos são de agradecimento à
grande vitória do Nordeste, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, porque se a
eleição fosse só no Sul do País, São Paulo, Mato Grosso do
Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, o resultado seria outro. Esse
fato deixa muito claro que ainda existe um reduto de resistência à cooptação
neste País. E quando muitos se surpreendem com o resultado, que segundo o Ver.
Adeli aqui no Rio Grande do Sul foi por pequena margem... A eloquência do
Vereador é tão grande que ele acha cem mil votos pouca diferença. Eu acho
muito; eu respeito dez mil votos, imaginem cem mil! Evidentemente, quando se
verifica isso, nós temos que perquirir algumas situações.
Ontem, em grande
parte do dia, eu fiquei na Restinga; falei com inúmeras pessoas e muitas delas
me solicitavam interferência no sentido de arrumar uma colocação para o filho,
para o neto, para o irmão, para o marido ou para a mulher. Eu disse que estava
surpreso, afinal o Governo Lula criou quinze milhões de empregos. Isso foi
decantado em prosa e verso, e o povo de Porto Alegre continua desempregado.
Qual é a magia disso? Uma senhora, já de idade, me disse: “Vereador, o senhor
está brincando comigo. O senhor não acredita nessa baboseira que é dita na
televisão? O senhor sabe que essas quinze milhões de carteiras assinadas, que
alegadamente ocorreram neste País, se deram em substituição àqueles que foram
desempregados nesse período, e outros tantos empregados com salário menor, que
foram substituídos”.
Então, nesse quadro
de falsa euforia, em que o Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro elegeram a
sua candidata predileta, eu quero cumprimentar o brioso povo do Rio Grande, e
muito especialmente o brioso povo da Cidade de Porto Alegre, pela sua coerência
política no dia de ontem, pois disseram não à cooptação, não à demagogia. E
mesmo que as suas lideranças já estivessem cooptadas, mantiveram-se na posição
e até alargaram o resultado. Era isto, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. PEDRO RUAS: Presidente Tessaro,
Vereadores, Vereadoras, público que nos assiste, venho a esta tribuna, em meu nome
e em nome da Verª Fernanda Melchionna, em nome do PSOL, trazer - e este é o
primeiro momento em que o fazemos após a definição estadual e nacional - os
nossos cumprimentos aos eleitos. Desejamos, com toda a sinceridade, que S. Exª,
o Governador eleito Tarso Genro, faça no nosso Estado um grande governo, como
desejamos também que S. Exª, a Srª Dilma Rousseff, Presidenta da República
eleita, faça um grande governo em nosso País.
Ao longo dos anos, DJ
Cassiá, nós, que fazemos política séria e de muito tempo, aprendemos uma regra
essencial - essencial -: respeitar a vontade popular, a vontade do povo. Esses
são, Fernanda, os eleitos. Nós, do PSOL - todos sabem -, somos oposição, Ver.
João Bosco Vaz, ao Governo Federal, ao Governo Estadual e ao Governo Municipal.
Portanto, temos muita autoridade para desejar felicidades, para desejar um bom
governo, para desejar que parte das metas, pelo menos, anunciadas com tanta
ênfase nos programas de rádio, de televisão, nas entrevistas, nos comícios, em
que o Brasil e o Rio Grande pareciam uma maravilha, sejam realizadas. Que
lembrem dessas crianças nas esquinas, dos nossos homens e mulheres que não têm
onde dormir e onde morar; dos jovens que não têm a primeira oportunidade de
trabalho; dessa tragédia que são os hospitais em todo o País - em todo o nosso
País. Aqui no Estado, exatamente aqueles hospitais controlados pela União, o
Hospital de Clínicas e o Grupo Hospitalar Conceição, que têm uma
responsabilidade imensa em relação à Saúde, têm essas emergências em que a primeira
etapa é uma cadeira, a segunda etapa é uma maca e a terceira, a UTI, um leito
ou a morte. Há poucos dias, Ver. Toni Proença, nessa semana que passou, ainda
recebemos a informação, pelos familiares, de que o Sr. Jardel Duarte faleceu,
entre a Emergência e a UTI do Grupo Hospitalar Conceição, por um quadro agudo
de septicemia derivada de diabetes.
Então, são situações
dramáticas que o nosso povo vive, e nós gostaríamos, obviamente, pois fazemos
política por isso, que fossem modificadas. Esses atuais governantes que foram
eleitos assumiram o compromisso, Ver. João Dib, falaram sobre esses temas,
analisaram essas questões, assumiram o compromisso de mudar isso, de mudar esse
quadro, de mudar esse cenário tão dramático.
Para nós, promessa de
campanha é compromisso! A nossa posição, a função do PSOL será olhar, olhar
para a Nação - temos Deputados Federais, temos Deputados Estaduais, temos dois
Senadores -, olhar para o Estado e olhar para o Município. Nós vamos, como
sempre, fiscalizar. Não fazemos parte, e não aceitaríamos fazer parte, de
qualquer aliança. Temos a mesma posição que tínhamos, as mesmas ideias, os
mesmos princípios e os mesmos compromissos.
Mas desejamos,
repito, reitero isso, em meu nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna, em
nome do PSOL do Estado e da Capital: sorte, competência, empenho, eficácia, aos
eleitos; que façam pelo nosso povo parte, pelo menos, do que prometeram. E
tenham a certeza de que, quando acertarem, usaremos esta tribuna, aqui - Verª
Juliana Brizola, que estará na Assembleia, mas acompanhará os nossos trabalhos
-, para elogiar os novos eleitos, mas, quando errarem, quando essas alianças
sem limites cobrarem o seu preço, o que historicamente tem acontecido, nós
também estaremos aqui para mostrar a nossa posição, para denunciarmos e
dizermos o que deveria ser feito. Muito obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos ao
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra em Grande Expediente.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
todos sabem que, este ano, os bancários fizeram uma forte campanha salarial e
conseguiram conquistar um percentual bem maior do que os banqueiros e os
governos, que se escondem atrás da Febraban, que é a Federação dos banqueiros, queriam dar aos bancários - os bancários que constroem, na prática, lá
na ponta, dentro dos bancos, sejam eles públicos ou privados, a riqueza que dá
lucros recordes para o Bradesco, para o Itaú, para o Santander... Esses mesmos
bancários fizeram uma forte greve, porque infelizmente o Governo não tinha
apresentado uma proposta decente de reajuste para as categorias. E, no
Banrisul, que é o meu banco - sou bancária, estou licenciada para assumir as
funções na Câmara -, a greve conquistou o aumento do piso, um percentual de
7,5%, mas há uma série de batalhas, de reivindicações da categoria, sobretudo,
Ver. Pedro Ruas, a luta pelo fim do assédio moral, porque as metas que a
Diretoria do Banrisul impõe são absolutamente impossíveis de serem
conquistadas, e os bancários sofrem com a cobrança dessas metas simplesmente
impossíveis. Seriam possíveis se os bancários enganassem a população e fizessem
o papel dos banqueiros, mas, felizmente, muitos dos nossos bancários não
aceitam esse papel.
As reivindicações em
relação ao Plano de Carreira, Cargos e Salários dos nossos bancários também
seguem firmes e fortes, como a luta por melhores salários, porque infelizmente
os salários de todos os bancários do País estão bastante arrochados pela
ganância exorbitante dos banqueiros, que lucram às custas da população e das
altas taxas de juros, que são definidas pelo Governo Federal. O nosso País,
Ver. Pedro Ruas, tem uma das maiores taxas de juros do mundo. Então, o amigo
pega um empréstimo de mil reais, e, no final, acaba pagando quase dois mil, a
partir de um ano, em geral. São mais de 100% de reajuste, ao ano, as taxas de
juros impostas à nossa população, que é a que paga os lucros exorbitantes dos
banqueiros.
Mas esses mesmos
bancários seguem nas lutas pela valorização do seu trabalho e contra essa
ganância dos banqueiros que é imposta à própria população. Uma das
reivindicações dos bancários era a redução das taxas de juros e, de fato,
alguma regulação do sistema financeiro brasileiro que não sirva só para os
banqueiros, porque a “bolsa banqueiro”, neste País, é a bolsa que mais ganha
dinheiro; cerca de 348 bilhões, apenas para pagar juros e amortizações para os
grandes banqueiros do País, enquanto que para o Bolsa Família são menos de 14
bilhões.
Esses mesmos
bancários, do Banrisul, do meu banco, receberam outra péssima notícia, aliás,
outra demonstração de que a Diretoria do Banrisul está de costas viradas aos
interesses dos trabalhadores do Banrisul, dos banrisulenses, e aos interesses
do povo gaúcho.
O Banrisul, que é um banco reconhecido no nosso
Estado, que teve durante este Governo, o Governo Yeda, ações vendidas, ou seja,
muitas ações do banco foram privatizadas, que teve uma Diretoria que sequer se
dispôs a sentar com os bancários para discutir as questões relativas ao
trabalho, teve a arrogância, em 2008, Ver. Pedro Ruas, de colocar a Brigada
Militar em frente à Agência Central do Banrisul, na Praça da Alfândega, para
reprimir o que é um direito constitucional, que é a mobilização e a organização
dos grevistas. Infelizmente, naquele episódio, em 2008, vários bancários foram
parar feridos no Pronto Socorro por conta de uma Diretoria do Banco comandada
pelo Governo do Estado, intransigente, autoritária, e, além de tudo, violenta.
Agora, com os dias contados para sair, porque o
Governo mudará - a partir de 1º de janeiro nós teremos outro Governo no Estado
do Rio Grande do Sul, portanto mudará, e nós esperamos que mude -, a Diretoria
do Banrisul, mesmo com os dias contados para sair da direção do Banco, pretende
privatizar, vender, leiloar um espaço chamado Banrifitness, que fica na
Serraria; um espaço grande, um espaço de cursos e treinamento dos bancários, um
espaço que é a sede social de toda uma categoria e que, de qualquer forma, se não
fosse do Banrisul, poderia servir aos interesses do povo gaúcho. Mas essa
Diretoria, não contente, pretende entregar outro precioso bem para a ganância e
para a sede de lucros da especulação imobiliária, que quer construir uma Zona
Sul apenas com condomínios fechados, para que os grandes de Porto Alegre possam
viver privatizando boa parte dos recursos naturais, em certa medida, porque foi
esse o lobby no Pontal do Estaleiro e
em tantas outras áreas de licenciamento ambiental, porque há uma pressão sob
medida para que se libere para venda um espaço belíssimo - belíssimo! - que
fica na Serraria, e que hoje pertence aos bancários do Rio Grande do Sul, que
pode ter outra destinação social ou ser melhor aproveitado pela Diretoria do
Banco para outras atividades dos bancários e bancárias do nosso Estado. Mas,
infelizmente, mais uma vez, este Governo quer entregar para a especulação
imobiliária. Parece, Ver. Pedro Ruas, que o Governo do Estado é uma
imobiliária! Parece que o Governo do Estado não deve ser o Estado da
representação da população. Parece que não existe uma defasagem gigante, seja
de déficit habitacional, seja de falta de escolas, de falta de universidades,
de falta de Ensino Técnico, etc. Há poucos espaços, Ver. DJ Cassiá, para a
cultura popular; V. Exª, que conhece a periferia da nossa Cidade e trabalha com
funk, sabe a dificuldade que é para
os nossos jovens terem um espaço para poder publicar e tocar suas músicas, que
são riquíssimas, e que muitas vezes não são valorizadas.
Então, venho a esta tribuna informar que os
bancários estão fazendo um abaixo-assinado contra a venda do espaço da
Serraria, e do Hotel Banrimar, que fica na praia de Rainha do Mar. Nós temos
que fazer uma defesa intransigente desses espaços. Faremos uma Moção de Apoio a
essa mobilização dos bancários, mostrando a nossa contrariedade à venda desse
espaço, e esperamos o apoio de todos os Vereadores e Vereadoras desta Câmara
para dizer que é necessário que existam espaços públicos que sirvam aos
interesses públicos, que possam ser valorizados e não serem sempre vistos como
objeto de lucro para enriquecer aqueles vinculados à especulação imobiliária.
Infelizmente, essa Diretoria, Ver. Pedro Ruas,
tratou todos os temas assim; todos os temas! Um cidadão, um pai de família, uma
mãe de família que precisa de um empréstimo do Banrisul vai penar para
conseguir um empréstimo de um banco que deveria ser um banco popular; de um
banco que deveria oferecer créditos populares a baixíssimas taxas de juros,
para que a nossa população pudesse retirar crédito de maneira mais justa. Mas,
infelizmente, as altas taxas de juros, as dificuldades e as burocracias que boa
parte do povo gaúcho passa para poder acessar o Banrisul, mostram que boa parte
dos bancos públicos está muito mais vinculada a uma gestão privada do que a uma
gestão pública. As Diretorias e as Presidências estão muito mais preocupadas em
garantir lucros recordes para os parasitas do sistema financeiro internacional,
que sobrevivem especulando sobre o sistema financeiro, sobre os investimentos,
e que levaram o mundo, inclusive, a uma grande crise econômica, em 2007; é esse
mesmo modelo de especulação, do parasitismo, da rapinagem dos banqueiros.
O Sr. Pedro
Ruas: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Fernanda
Melchionna, eu ouço com atenção o pronunciamento de V. Exª e queria acrescentar
o seguinte: não posso entender que tipo de currículo pode ter justificado ao
ex-Presidente do Banrisul, Fernando Lemos, uma vaga regiamente remunerada no
Tribunal Militar do nosso Estado, por tudo isso que aconteceu e que acontece no
Banrisul. As denúncias de 2007, Vereadora, denúncias de irregularidades graves
do Banrisul, foram feitas, nada mais nada menos, que pelo Vice-Governador do
Estado. Essas denúncias envolviam o próprio PMDB. E esse senhor, Fernando
Lemos, terminou por ser premiado com uma vaga - repito - regiamente remunerada,
como titular do Tribunal de Justiça Militar do nosso Estado.
Parabéns pelo pronunciamento. Tenho certeza de que,
infelizmente, os problemas referentes ao Banrisul não terminaram. Nós esperamos
que eles sejam pelo menos modificados.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Muito obrigada, Ver. Pedro Ruas, pela sua
brilhante contribuição. Certamente não terminaram, e certamente a luta dos
bancários e da população segue em defesa do Banrisul, um banco público, de
todos.
Queria lhe dizer que esse exemplo que V. Exª deu
lembra-me das grandes injustiças por que passa o nosso País. Quando uma
senhora, em 2008, furtou um pote de margarina, porque via o seu filho morrendo
de fome, ela apodreceu na cadeia, inclusive sem advogado. E vemos os crimes de
colarinho branco, que nunca são julgados, que não são punidos, onde os
envolvidos não são presos e não ressarcem o Erário do dinheiro que foi
desviado, e, em muitos casos, são premiados pelo Brasil afora. Isso, de fato,
fortalece a ideia da importância de uma alternativa política independente como
é o PSOL, que não participe das negociatas políticas do Poder e que tenha
independência política para lutar contra a corrupção em qualquer esfera. E há a
necessidade de que a população se apodere cada vez mais da política para poder
cobrar, exigir, mobilizar-se e saber que todos nós somos seres políticos e
sociais, e que podemos conquistar quando estamos organizados. Muito obrigada
pelo seu aparte.
Gostaria de terminar essa questão do Banco, dizendo
da importância dessa luta neste momento. Nós estamos com os bancários na defesa
desse espaço. Nós não aceitamos que o Estado, que está servindo como uma
imobiliária, venda uma área tão importante; e não aceitamos que uma Diretoria
que está na porta da saída, aos 45 minutos do segundo tempo, venda um espaço
tão importante para o Rio Grande do Sul.
Eu queria também, aproveitando os minutos que me
restam, falar sobre a nossa Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, que tem
tido uma atuação muito importante na defesa da leitura, do livro, no incentivo
às bibliotecas públicas e comunitárias, na luta por concurso público e pela
renovação dos acervos. Nós estivemos, na sexta-feira passada, na abertura da
56ª Feira do Livro de Porto Alegre, a maior Feira do Livro das Américas a céu
aberto, que recebeu o título de Patrimônio Imaterial da cidade de Porto Alegre,
que provoca a leitura na nossa Cidade e que está propondo a sua
descentralização com a “feira fora da Feira”. Sábado estivemos na Lomba do
Pinheiro, no Ipdae, realizando uma atividade com a comunidade sobre o livro e a
leitura com a poetisa Telma Scherer, com um teatro de bonecos de dois artistas
excelentes, provocando a leitura, Ver. Tarciso, entre os jovens e as crianças
da Lomba do Pinheiro. Por isso, venho a esta tribuna reivindicar essa beleza
que é a Feira na nossa Cidade, reivindicar as políticas públicas para o Livro e
a Leitura, e dizer que a nossa Frente Parlamentar, composta por doze Vereadores
da nossa Câmara, está na luta por um Plano Municipal do Livro e da Leitura,
para que as iniciativas vinculadas ao livro tornem-se políticas de Estado e não
de Governo. Isso porque, muitas vezes, quando se inicia um novo Governo, quando
o Partido é outro, acabam-se as iniciativas boas.
Por isso, queremos transformar a política do Livro
e da Leitura em política de Estado, que ela siga permanente, que siga
planejada, que seja ampliada no sentido de permitir que se consiga combater as
baixas taxas de leitura que temos no nosso Estado, para que se possa provocar o
acesso ao conhecimento e à beleza que os livros, que os textos oferecem. Por
isso estamos pedindo uma audiência com o Prefeito Fortunati; há mais de um mês
estamos pedindo uma audiência, que já foi marcada, desmarcada, remarcada e que
não tem data para acontecer. Doze Vereadores requisitaram a audiência,
assinando um ofício pedindo esta reunião com o Prefeito; até agora não tivemos,
Ver. João Dib, nosso Líder do Governo, retorno por parte da Prefeitura
Municipal. Nós achamos que a Prefeitura tem que olhar com mais carinho e
atenção para a questão do livro e da leitura, e respeitar os Vereadores e
Vereadoras desta Casa, recebendo uma pauta tão importante como a do livro e da
leitura. Peço a V. Exª que interceda a nosso favor no sentido de melhorarmos as
políticas de leitura no nosso Município, e que o Prefeito Fortunati receba os
Vereadores e as Vereadoras desta Casa, para melhorar a situação do Plano
Municipal do Livro e da Leitura em Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos a justificativa de ausência do Ver.
Alceu Brasinha, no dia 25 de outubro de 2010, ao Poder Judiciário, para prestar
depoimento, motivo pelo qual não compareceu à Sessão Plenária.
O Ver. Mario Manfro está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MARIO
MANFRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, venho aqui
parabenizar todos que, de alguma forma, estiveram envolvidos na campanha
eleitoral e com a eleição realizada no dia de ontem; sejam militantes,
candidatos ou simplesmente eleitores, aqueles que cumpriram o seu dever, o seu
direito cívico, e exerceram o seu direito de voto.
Nós, infelizmente, tivemos a eleição no meio de um
feriadão, e muita gente deixou de votar em virtude disso; acho que essa
conscientização deve ser feita.
Quero parabenizar os que venceram, parabenizar
aqueles que, por qualquer motivo, se sentiram derrotados.
Venho aqui também dizer do meu orgulho por
pertencer ao PSDB, pela militância que conseguimos fazer e reverter o quadro no
Rio Grande do Sul, principalmente em Porto Alegre. Todos sabem que enfrentamos
uma eleição presidencial muito difícil, contra um Presidente que é um fenômeno
de popularidade - isso é inegável! -, fenômeno muitas vezes inexplicável. Eu,
muitas vezes, aqui mesmo, critiquei o Presidente Lula por ter se transformado
num cabo eleitoral, mas, ao fim e ao cabo, ele fez toda a diferença. Sem dúvida
nenhuma, eu parabenizo o Presidente Lula por ter conseguido - e é a primeira
vez que um Presidente consegue - eleger o seu sucessor.
Ressalto que o PSDB foi o Partido que mais elegeu
Governadores, este é um dado muito importante: foram oito Governadores eleitos
pelo PSDB, e isso tem de ser enaltecido. Em Porto Alegre e no Rio Grande do
Sul, nós conseguimos a vitória, e o Brasil sabe onde o PT ganhou. Foi um jogo
limpo, foi um jogo democrático.
Então, eu estou aqui, em nome do meu Partido, para
enaltecer tudo o que foi feito pelo meu Partido, mas também para parabenizar os
vitoriosos e dizer que estaremos vigilantes, que estaremos cobrando as
promessas de campanha. Faremos uma oposição diferente da que foi feita com a
Governadora Yeda Crusius, porque o discurso aqui é que se respeita a vontade
popular, mas isso só acontece quando a vontade popular vem ao encontro dos
nossos interesses. Nós temos de respeitar a vontade popular sempre! E se nós
respeitamos a vontade popular, jamais poderíamos colocar cartazes com a frase:
“Fora, Yeda!”. Quem elegeu a Governadora foi o povo, e isso tem de ser
respeitado.
Parabéns aos vitoriosos, parabéns ao PSDB por essa
excelente campanha com oito Governadores eleitos, pelos milhões de votos nas
urnas, pelo nosso Governador Serra, que não tinha a metade do poderio e da
máquina que tinha o outro lado. Mas o jogo foi limpo. Parabéns! Estaremos
vigilantes. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, quero dizer que não votei na Dilma, mas quero cumprimentar quem
votou, bem como o Partido dos Trabalhadores por ter eleito a Presidenta - como
ela gosta de ser chamada. No discurso que ela fez - já que estava escrito para
não fazer alguma injustiça ou cometer equívocos; ela preparou um bom discurso -
destaco dois itens que estou aplaudindo: a desoneração para os empreendedores -
espero que ela faça, realmente, uma desoneração na folha de pagamento das empresas
-; e a Reforma Política e a Reforma Partidária. Ela também disse que vai
ampliar os limites do Supersimples, ou seja, vai dar um pouco mais de fôlego
para as empresas que investem e que geram empregos. Acho que a Presidenta
eleita começou muito bem com as palavras que disse para a Nação, e também
quando ela disse que será uma Presidenta para todos os brasileiros - não
poderia ser diferente.
A disputa foi muito importante. Eu estranhei um
pouco aqui o Rio Grande do Sul, porque eu vi que uma coisa foi o trabalho feito
para o Governador Tarso Genro, que ganhou por uma larga diferença, e para a
Dilma, parece-me que não houve tanto empenho, porque o José Serra conseguiu
reverter e ganhar a eleição no Rio Grande do Sul. Isso também serve de alerta
ou de sinal para o Governador eleito, dizendo: “Olha, a população está
vigilante”.
Todos nós vamos torcer para que a Dilma seja uma
grande Presidenta, todos nós vamos torcer para que o Governador Tarso Genro,
recém-eleito seja um grande Governador, e que a União e o Estado realmente
ajudem a nossa Cidade, principalmente em algumas áreas carentes. A Saúde,
nesses últimos anos, foi ladeira abaixo. Espero, sinceramente, que a Presidenta
Dilma e que o Governador Tarso deem a maior atenção para esse assunto tão importante
para a população. Ver. Dr. Raul, o senhor conhece o problema, o senhor e o Dr.
Thiago vivem a situação nos postos de saúde e nos hospitais, e o Município não
consegue resolver sozinho, até mesmo porque o Município de Porto Alegre absorve
pacientes do Estado inteiro.
Eu cheguei, há pouco, de Ibiraiaras, passei por
Nova Prata, e observei muitas ambulâncias vindo para Porto Alegre. O assunto da
Saúde é de todo o Brasil, principalmente de quem arrecada muito, que é o
Governo Federal. Sinceramente, espero que a Presidenta eleita e que o
Governador eleito tenham atenção, que se dediquem e façam o que prometeram na
campanha, que é cuidar mais da saúde da nossa população que está carente, está
precisando. E não é mais possível enfrentar essas filas que saíram da rua e
entraram para o computador. Há muita fila para qualquer cirurgia; para qualquer
exame especializado as pessoas precisam esperar seis meses ou um ano. Isso não
é possível!
Sinceramente, espero que a Presidenta Dilma e que o
Governador eleito Tarso Genro se dediquem a esse assunto imediatamente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Convido o Ver. Aldacir Oliboni para se aproximar da
Mesa dos trabalhos, para receber o seu Cartão de Aniversário.
(Procede-se à entrega do Cartão.) (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em
Grande Expediente.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, quero dedicar
este período de Grande Expediente à grande vitória que a companheira Dilma
Rousseff alcançou ontem para dar continuidade ao projeto de revolução do
desenvolvimento econômico e social que o Brasil vem celebrando.
Dilma Rousseff é nossa cidadã porto-alegrense - por
um Projeto aprovado por esta Casa. Certamente, Sr. Presidente, teremos a
satisfação de entregar, agora, o Título Honorífico de Cidadã de Porto Alegre à
Presidenta da República.
Quero iniciar, cumprimentando aqui o Ver. Adeli
Sell, Presidente Municipal do nosso Partido, pelo trabalho desenvolvido aqui em
Porto Alegre; o companheiro Raul Pont, Presidente Estadual do Partido, pelo
trabalho desenvolvido no Rio Grande do Sul; e o Sr. José Eduardo Dutra,
Presidente Nacional do nosso Partido, pelo trabalho desenvolvido.
Cumprimentando as presidências do meu Partido, cumprimento as Lideranças de
todos os Partidos que estiveram irmanados na continuidade desse projeto, dando
sustentabilidade e construindo o Governo de coalizão do Presidente Lula. Cumprimento
aqui o PMDB, PDT, PSB, PR, PRB, PSL, PTB, enfim, todos os Partidos que
compuseram este Governo.
Nesse sentido, quero dizer que aqui na Câmara de
Vereadores tivemos um conjunto muito grande de colegas que se empenharam, e
quero, Sr. Presidente, citá-los nominalmente, porque esta vitória é do Brasil,
respeitando a oposição que trouxe um debate fazendo com que pudéssemos analisar
o País: se o Brasil continuaria com o projeto que vem dando certo, ou se
mudaria o seu enfoque de desenvolvimento.
Eu inicio aqui cumprimentando o Ver. Adeli Sell, do
PT; o Ver. Airto Ferronato, do PSB; o Ver. Alceu Brasinha, do PTB; o Ver.
Aldacir Oliboni, do PT; o Ver. Carlos Todeschini, do PT; o Ver. DJ Cassiá, do
PTB; o Ver. Dr. Thiago Duarte, do PDT; o Ver. João Bosco Vaz, do PDT; o Ver.
João Pancinha, do PMDB; a Verª Juliana Brizola, nossa Deputada Estadual, do
PDT; a Verª Maria Celeste, do PT; o Ver. Maurício Dziedricki, do PTB; o Ver.
Mauro Pinheiro, do PT; o Ver. Mauro Zacher, do PTB; o Ver. Nelcir Tessaro, do
PTB; o Ver. Nilo Santos, do PTB; a Verª Sofia Cavedon, do PT; o Ver. Tarciso
Flecha Negra, do PDT; o Ver. Toni Proença, do PPS; o Ver. Waldir Canal, do PRB;
o Ver. Paulinho Rubem Berta, do PPS; o Ver. Dr. Goulart, do PTB, como
Secretário de Habitação; e o Ver. Valter Nagelstein, do PMDB. Se eu esqueci
algum dos Vereadores, quero que me auxiliem aqui para corrigir. E, ao mesmo
tempo, cumprimento o PSOL, pela sua postura, declarando o voto crítico à
Presidenta. Nesse sentido, independente do voto dos nossos colegas aqui, da
Fernanda e do Pedro Ruas, o PSOL assumiu uma posição de recomendar o voto
crítico na Dilma Rousseff.
Então, cumprimentando todos esses colegas, quero
dizer que a vitória do projeto que foi iniciado em 2002 pelo Presidente Lula, e
a primeira mulher a ser eleita Presidenta da República do Brasil, com 55
milhões 739 mil 646 votos, alcançando 56% da preferência do eleitorado
brasileiro, não é pouca coisa! Este é um projeto de coalizão para governar o
Brasil. Aqui no Rio Grande do Sul, com a vitória ainda no primeiro turno do
companheiro Tarso Genro para governador, e com o Prefeito de Porto Alegre José
Fortunati, que é do PDT, pela primeira vez, nos últimos 30 anos, nós teremos um
alinhamento - na Presidência da República, no Governo do Estado e na Prefeitura
de Porto Alegre - dos Partidos que conjugam um campo político e que estão se
propondo a governar o País.
Portanto, nós precisamos analisar que Porto Alegre
ganha com isso, que o Rio Grande do Sul e que o Brasil ganham com isso. Nesse
alinhamento, certamente as disposições políticas de enfrentar os temas da
infraestrutura de Porto Alegre serão renovadas neste momento.
Mesmo o ex-Prefeito Fogaça se posicionando como
oposição ao Presidente Lula, à própria Dilma Rousseff, Porto Alegre foi um dos
Municípios que mais recebeu recursos no último período. Porto Alegre nunca
recebeu, de um Governo Federal, através de Projeto, através de financiamento,
através de fundo perdido, tantos recursos. Está aqui o Projeto Socioambiental,
que recebeu 586 milhões de reais; o Projeto da Copa, que passa de um bilhão de
reais na sua totalidade, com 850 milhões já acertados e liberados; o Programa
Minha Casa, Minha Vida com muitos recursos para Porto Alegre.
Bom, o que nós precisamos aqui? Nos debruçarmos
sobre os temas, verificar os demais Projetos de que Porto Alegre necessita, com
a renovação, inclusive, da mobilidade urbana, que é um tema premente em Porto
Alegre, e o tema metrô, que está recolocado na ordem do dia. Três cidades
brasileiras, neste momento, estão referenciadas para que enfrentemos o tema da
mobilidade urbana, inclusive com a construção do metrô: Porto Alegre, Curitiba
e Belo Horizonte. Inclusive o Prefeito Fortunati realizou algumas reuniões com
o nosso Ministro Paulo Bernardo, e precisaremos nos debruçar sobre esse tema,
porque isso é renovação da Cidade, isso é investimento em Porto Alegre. E com a
reeleição do projeto do Presidente Lula, agora com a companheira Dilma Rousseff
- a primeira mulher Presidenta do Brasil -, está assegurado que o PAC 2 irá em
frente. E, entre os temas do PAC 2, está o tema do saneamento básico, está o
tema da mobilidade urbana, estão os temas do investimento social, Ver. DJ
Cassiá, que é principalmente continuar esse processo de resgate da juventude
excluída; que é o resgate da população das classes D e E, para que consigamos
elevá-las também para a classe média brasileira, em que já houve uma
incorporação de 38 milhões de pessoas. E esse é um processo que precisa e irá
continuar.
Portanto, aos colegas Vereadores que se empenharam
neste segundo turno e que nos ajudaram a construir a vitória da Presidenta
Dilma, agora é hora de nós nos empenharmos para ajudar a constituir aqui o
Governo do Rio Grande do Sul. E, nesse sentido, os Partidos PRB, PTB, PDT, que
não compuseram aliança no primeiro turno, já estão discutindo e montando este
Governo também de coalizão no Rio Grande do Sul. Quero ressaltar a importância
disso, e isso se reflete aqui nesta Casa, se reflete na Capital dos gaúchos,
que sempre foi e é referência sob o ponto de vista da democracia participativa
e dos avanços das políticas sociais.
Também quero fazer uma referência com relação à
história brasileira, pois, em muitos capítulos, ela foi escrita partindo aqui
do Rio Grande do Sul. Neste momento, podemos dizer que a companheira Dilma
Rousseff tem dois corações em sua identidade: ela é mineira e gaúcha; é gaúcha
e mineira. Ela passou aqui por esta Casa. Quero cumprimentar o nosso Diretor
Legislativo, o Luiz Afonso, que trabalhou com a Dilma e a acompanhou em
diversos momentos. Também cumprimento todos os funcionários desta Casa que
tiveram a oportunidade de trabalhar com a companheira Dilma. Cumprimento o
ex-Prefeito e ex-Governador deste Estado Alceu Collares, que a conduziu, nos
dois Governos, para que fosse sua Secretária e o ajudasse a governar o
Município de Porto Alegre e o Estado do Rio Grande do Sul. Cumprimento o nosso
ex-Governador Olívio Dutra, pois, no seu governo, Dilma Rousseff também iniciou
uma trajetória e um relacionamento que chegou ao Presidente Lula, e, pela sua
capacidade, condição e liderança, acabou por conquistar a Presidência da
República. Sem dúvida nenhuma, foi com um entendimento e uma unidade construída
no nosso Partido, no Partido dos Trabalhadores, com o campo de coalizão
política com os demais Partidos que já governam o País, estamos, neste momento,
trazendo para toda a população de Porto Alegre a nossa felicidade. É uma
felicidade política que não foi fácil, e não gostaríamos de repetir alguns
momentos que tivemos de enfrentar nesta campanha!
Portanto, novamente registro que uma das tarefas
que esta Casa tem que trabalhar, nesta coalizão política, chama-se Reforma
Política do País, porque é inconcebível que nós venhamos a trazer o tema da
religiosidade para os debates para a construção e a condução do País. Nós não
queremos e não precisamos um debate de fundamentalismo religioso para definir
os rumos da sociedade brasileira. Nós respeitamos a opção de cada um; a sua
crença, a sua forma de se referenciar a Deus.
Portanto, temos que respeitar essa diversidade
religiosa que é uma das grandes riquezas do Brasil, bem como temos que
respeitar a diversidade racial, como também as diversidades
culturais que existem neste País. Portanto, este Projeto, Sr. Presidente,
renovou ontem, no dia 31 de outubro, o projeto do Presidente Lula, escolhendo a
companheira Dilma como Presidenta, como a primeira mulher a ser eleita
Presidente do Brasil.
Quero cumprimentar as
nossas colegas Vereadoras, a Verª Juliana, a Verª Sofia e a Verª Fernanda,
sabendo que as mulheres vêm conquistando espaço na política. Sem dúvida
nenhuma, independentemente da opinião ideológica ou filosófica das colegas
Vereadoras e das demais mulheres aqui, isto é um marco na história do Brasil e
é um marco na história da conquista das mulheres na política, porque é o cargo
máximo do Brasil, é o cargo máximo no País sendo alcançado por uma mulher.
Queremos, em nome do nosso Partido, o Partido dos Trabalhadores, cumprimentar
todas as mulheres do Brasil e todas as mulheres do mundo, porque Dilma passa a
fazer parte da galeria das grandes mulheres que foram e são lideranças da
humanidade.
Neste momento,
renovamos um projeto de país, um projeto de país que renova as suas energias, a
sua esperança de continuar a transformação social, a transformação econômica, a
transformação da inclusão social e a transformação da geração e distribuição de
renda. Com as grandes riquezas que o Brasil descobriu neste último período,
principalmente o Pré-Sal, que está direcionado para um grande investimento na
ciência e tecnologia, um grande investimento na educação, um grande
investimento nas questões sociais, que passa, sem dúvida nenhuma, pela saúde e
pela inclusão, precisamos, neste próximo período, dar continuidade ao projeto
do Presidente Lula e aprofundar esta revolução, que é uma revolução social.
Isso passa por esta Casa, Ver. Aldacir Oliboni, Ver. DJ Cassiá, porque ainda
temos, em Porto Alegre, 750 vilas irregulares, e precisamos regularizá-las;
temos inúmeras comunidades que não têm energia elétrica regular, que precisamos
alcançar; temos vazios da Saúde, que precisamos trabalhar; temos um trânsito
congestionado, que precisamos desbloquear. Portanto, esses projetos dependem
também desta Casa para serem construídos. Concluo, cumprimentando, novamente,
todos os colegas Vereadores que estiveram aqui, os 23 Vereadores que abriram
seus votos e foram para a rua apoiar Dilma, mas também cumprimento os demais
Vereadores, que ficaram na oposição e fizeram a opção por José Serra; é da
diversidade que se faz a grandeza de um país.
Quero dizer, respeitando todos, que a partir de
agora é trabalho, porque a Presidenta Dilma Rousseff, a partir da sua posse,
será a Presidenta de todos os brasileiros e brasileiras. Um grande abraço, em
nome do nosso Partido, o Partido dos Trabalhadores. A revolução social e
econômica neste País continuará, com certeza.
Viva Dilma Rousseff, Presidente! Vida longa à
Dilma!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, de fato, o
conceito de oposição terá que ser revisado, mas isso será na virada do ano.
Quero cumprimentar todos os Partidos pela campanha realizada.
Quero agradecer ao PSOL por eu poder usar este
espaço; provavelmente farei uma fala muito com o viés do Partido dos
Trabalhadores, mas tenho certeza de que, em alguns aspectos, Verª Fernanda,
vocês terão acordo com o recorte que quero fazer aqui.
Acho que podemos comemorar, aqui na Câmara, pois a
nossa forma de fazer política foi bastante diversa daquela de alguns debates
nacionais. Eu quero ressaltar que, infelizmente, na minha opinião, sobre
determinados temas, Ver. DJ, nós não avançamos na democracia substancial, na democracia
para todos os seres humanos no Brasil. Todo momento de eleição, Ver. Dib, é um
momento de debate, de balanços, de confronto de ideias, de projetos para o
Brasil, para os Estados, e a expectativa é de avanço da democracia, de
aprofundamento, de qualificação dos temas.
Eu gostaria que pudéssemos fazer esse diálogo, até
pelo fato de ser uma candidata mulher, Verª Fernanda, pois houve a
possibilidade e o aproveitamento do preconceito pelo qual a mulher é vista, do
moralismo que permeia o assunto, que é a lente que ainda reflete e está no meio
do diálogo com a mulher, do papel da mulher, e, lamentavelmente, se levou a
termo, ao debate, na campanha eleitoral, de uma forma muito caricata, temas
muito complexos, de uma forma muito dualista, de uma forma de estabelecimento
do bem e do mal, de quem é a favor e quem é contra, numa dicotomia muito ruim
para os direitos humanos, para a democracia e para a República.
Se pegarmos o tema da religião, vimos avançando
devagarinho a separação da religião do Estado público, e todos nós sabemos que
o período em que a religião e o Estado estavam juntos era muito ruim para a
democracia e para o direito à liberdade de escolha de credo religioso, de
manifestação cultural.
Nesta eleição, parece que se imiscuiu, parece que se
procurou caracterizar que Dilma tinha uma posição antirreligião ou antiCristo,
e aí houve uma mistura, uma imposição de uma situação na qual todos têm que
estar aliados a alguma religião, pois, do contrário, se é do mal, e não do bem.
Isso, para mim, é um atraso brutal na luta pela liberdade e na luta pela
construção de nosso conceito de República, de Estado público, de democracia.
Se pegarmos o tema das relações homossexuais, do
casamento homossexual, novamente misturou-se com religião e com opção de credo
religioso, e promoveu-se um profundo recrudescimento do direito da liberdade do
ser humano, porque se alguém tentasse fazer um debate mais complexo do que sim
e não, de ser a favor ou ser contra, estava fadado a ser amaldiçoado, porque
era anticredo religioso.
Acho que o tema do aborto também foi muito mal
abordado nesta campanha, o que é lamentável, porque nós aqui já discutimos,
Ver. Nilo Santos, Líder do PTB, o tema do drama que é para uma mulher tomar uma
decisão de fazer um aborto, mas ele apareceu de outra maneira, sob o enfoque de
quem mata e quem não mata criancinhas, e o Brasil, de novo, perde uma grande
oportunidade de tratar de forma séria, complexa, um problema sério das
mulheres, da sociedade brasileira, e das meninas brasileiras.
O tempo é curto, e quero dizer que houve uma grande
vitória, superando toda essa forma rebaixada,
dualista, moralista de tratar temas tão complexos. Dilma conseguiu realizar uma
vitória linda, que é da mulher brasileira. Porque, no fundo, teve muito de
ataque à mulher brasileira, à sua libertação, ao direito de ser livre, de fazer
opções religiosas, culturais, sexuais, etc. Então, eu acho que a grande lição -
e eu encerro, Ver. Dib - é que nós vamos viver outro momento, Presidente
Tessaro, neste Brasil, com certeza! A democracia precisa reconhecer que, com
uma mulher lá, nós temos que tratar de outro jeito temas tão complexos. De um
jeito que todos cresçam e que a democracia avance, sim. Ninguém quer botar fora
a democracia. É nesses momentos que ela avança; mas nós precisamos passar para
um outro nível de debate que é o que o povo brasileiro merece, e que merecem as
mulheres. Viva a mulher brasileira!
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni
Proença está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver.
Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
senhoras e senhores, vou começar a minha manifestação de hoje pela última frase
da Verª Sofia Cavedon, em homenagem à eleição da primeira mulher Presidenta do
Brasil: viva a mulher brasileira!
De toda aquela
manifestação da Presidenta eleita Dilma, após a confirmação do resultado, o que
mais me chamou a atenção, o que mais me tocou e sensibilizou foi quando ela
sugeriu que os pais e as mães das meninas brasileiras olhassem nos olhos das
suas filhas e dissessem: “sim, a mulher pode”! Era um ato de confirmação da
afirmação da mulher brasileira. Portanto, parabéns às mulheres do Brasil, que
terão a oportunidade de ter, presidindo os destinos da nossa pátria, uma
mulher. Parabéns a todos aqueles que votaram na Dilma para Presidente; parabéns
àqueles que votaram no Serra para Presidente; parabéns àqueles que exerceram o
sagrado direito do voto. O Brasil afirma-se, a cada dois anos, em cada evento
eleitoral, como uma das maiores democracias do mundo, uma democracia
consolidada, e, mais do que isso, uma democracia que obtém o resultado da
manifestação dos seus cidadãos em menos de quatro horas, confirmando o
resultado e a vontade popular. Espero, sinceramente, que a Presidenta Dilma
faça um excelente Governo, que continue dando sequência ao desenvolvimento que
o Brasil vem conseguindo, a sua soberania e a afirmação entre as Nações do
mundo, a sua liderança no Mercosul e na América Latina, e faça um Governo inclusivo,
com desenvolvimento e sustentabilidade, preservando o meio ambiente e afirmando
a cidadania brasileira. Esta é, sinceramente, a minha vontade e a esperança que
tenho para os próximos quatro anos, quando teremos a Dilma Presidenta do
Brasil.
Quero fazer um
registro do que me levou a tomar a minha decisão de votar. Nós temos, em Porto
Alegre, um Prefeito que apoiou desde sempre a candidatura da Presidenta Dilma;
elegemos um Governador de Estado que é do Partido da Presidenta - Presidenta do
mesmo Partido do Governador -, pela primeira vez, depois de Antônio Britto, que
não era do mesmo Partido, mas era alinhado ao Governo Fernando Henrique, e se
nos avizinha uma oportunidade ímpar para Porto Alegre, que é a Copa do Mundo,
em que teremos a oportunidade de desenvolver boa parte da Cidade e boa parte da
sua população através da oportunidade da oferta de crédito, da oferta de
recursos públicos e do interesse que move a Copa do Mundo, financeiramente,
econômica e socialmente em todos os países por onde ela tem passado. Alguns, é
verdade, erraram muito, e temos que aproveitar essa experiência dos que erraram
e a dos que acertaram para tirar o melhor proveito para a nossa Cidade.
Portanto, espero que, a partir da eleição da Presidenta Dilma, do Governador Tarso,
e sendo a Prefeitura administrada pelo Fortunati, que é alinhado politicamente
com esses dois outros que se elegeram agora em outubro, nós possamos aproveitar
melhor essa oportunidade. Parabéns a todos, parabéns principalmente ao Brasil
que se afirma como uma grande democracia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MAURO
ZACHER: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; não há como
negar que o Brasil acorda, hoje, cheio de esperanças e com muita alegria,
porque elegeu a primeira Presidenta do nosso País. Isso é algo que nos orgulha
muito, como pedetistas, não só por fazer parte do Governo Lula, mas por poder
contribuir com este Governo que enfrentou mazelas de tantas décadas do nosso
País e teve a capacidade de enfrentar a miséria, teve a capacidade de olhar e
investir fortemente em programas sociais; um Governo que teve a capacidade de
dar oportunidade a trinta milhões de brasileiros a ingressarem numa camada
consumista, que teve a capacidade de investir em programas como o ProUni, que
pode ampliar e criar o Bolsa Família que tem atendido a tantas pessoas que
precisam do apoio do Estado.
Não houve nenhum candidato que foi capaz de trazer
uma nova alternativa, porque sabemos que o Bolsa Família garante àquelas
famílias mais carentes não apenas o recurso, mas é a garantia de que seus
filhos estão na escola; estão garantidos ali os seus direitos.
É com alegria redobrada que nós percebemos que a
companheira - eu poderia chamá-la assim - Dilma iniciou nos quadros do nosso
Partido, foi Secretária Municipal da nossa Capital, foi Secretária Estadual,
foi um dos grandes quadros do nosso Partido, foi Diretora-Geral aqui da Câmara
- o Ver. João Dib me relembrava -, uma pessoa qualificada que o País elegeu
como Presidente. Eu falo com muita tranquilidade, e isso não pode causar
estranheza a ninguém, pois o nosso Partido contribuiu talvez num dos momentos
mais difíceis, porque nesses dois mandatos do Governo Lula, o nosso País
enfrentou uma das maiores crises que o mundo já viu. Talvez a história não nos
traga uma crise tão grande quanto a que o Governo Lula enfrentou. E conseguimos
- e digo conseguimos, porque estivemos à frente do Ministério do Trabalho, Ver.
Todeschini, embora a crise tenha assolado tanto países - gerar quinze milhões
de empregos. Eu digo isso, porque não foi o PDT, não foi apenas o Governo Lula,
mas graças a essa aliança que trouxe avanços ao nosso País, que podemos garantir
a permanência não só dessa coligação, mas a companheira Dilma à presidência.
Então, o nosso País acorda com essa alegria, e
quando li os jornais de hoje - e acompanhei atentamente ontem pronunciamento da
nova Presidenta Dilma Rousseff -, eu tive a certeza absoluta de que estamos no
caminho certo. Se a eleição não permitiu que nós fizéssemos um debate
aprofundado, porque foi uma eleição em que nós não conseguimos fazer um debate
claro de propostas em vários momentos - em que a Internet seria o grande espaço
democrático para esse debate, mas o que trouxe foi um espaço para denúncia,
para calúnia e para jogo baixo da política -, nós tivemos a certeza de que a
nova Presidenta assumiu aqueles compromissos já ditos durante o período
eleitoral, que eram: o olhar profundo e atento às nossas crianças, à nossa
juventude e, principalmente, a uma educação de qualidade, mas sempre com o
olhar no desenvolvimento e no crescimento econômico do nosso País. Então, viva
a democracia brasileira! Muito trabalho e muita dedicação ao mandato da Dilma,
e temos grande orgulho de fazer parte deste projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos às
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em
Comunicações.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, os que nos
acompanham pela TVCâmara e pela Rádio Web, a rádio da Câmara, e os que nos
acompanham aqui, venho me manifestar na mesma direção que os demais se
manifestaram, Ver. DJ Cassiá, porque estou com 47 anos e desde os 18 luto
intensamente, milito intensamente, determinadamente pela construção da
democracia neste País, e entendo o dia de ontem como o coroamento de uma etapa.
Isso não conclui toda a obra, mas o dia de ontem foi, sim, um marco de todo um
processo importante a partir da redemocratização do País. Penso que nós
perdemos décadas, porque uma elite usurpou a democracia das mãos do povo
brasileiro. Isso vem de longe, vem, possivelmente, desde a morte de Getúlio
Vargas; vem desde o pré-golpe militar, desde o Golpe Militar de 1964, da
cassação do Jango, do exílio de Brizola; vem de toda a luta pela reconstrução
de um projeto democrático para o Brasil através das greves, através da
mobilização social, através do surgimento de lideranças importantes - aliás,
são todas, praticamente, fruto dessa época; daí vem Lula, das mobilizações da
década de 1970, do ABC; daí vem Dilma, também, das organizações de resistência
ao golpe e à ditadura militar. Isso não é pouca coisa! É o coroamento de uma
obra de toda uma geração que queria um Brasil para os brasileiros e que queria
um Brasil para os trabalhadores. Isso, Ver. DJ Cassiá, se coroou no dia de
ontem. E coroou-se, é bom que se diga, de uma forma que não foi fácil nem
gratuita, porque o que nós vimos de interesses atravessados nesta eleição foi
algo espantoso. O que nós vimos de deformação de valores e de assuntos que não
tinham nada a ver com a eleição, foi espantoso; me arrepiou! Arrepiou-me ver,
por exemplo, temas da inquisição serem guindados por um candidato. Arrepiou-me,
por exemplo, ressuscitarem temas da TFP - Tradição, Família e Propriedade. Mas
o povo foi sábio e soube julgar. Aqueles que levantaram e atravessaram esses
temas foram derrotados, e quem ganha é o Brasil e o povo brasileiro, que vai,
certamente, poder galgar novos degraus rumo à democracia, rumo ao alargamento
dos direitos, rumo a novas conquistas.
As obras não estão concluídas, as obras e as
tarefas da democracia ainda necessitam de outras etapas. Precisamos, como foi
muito bem falado aqui anteriormente, da Reforma Política, da Reforma Social, da
Reforma Tributária, de um conjunto de reformas que aprofundem e alarguem os
direitos da cidadania do povo brasileiro, em especial dos trabalhadores.
Precisamos democratizar os meios de comunicação, precisamos de uma grande
Reforma Política para aperfeiçoar as instituições da democracia, e em
particular fortalecer os Partidos. Por isso, a minha grande alegria com os
resultados obtidos com a eleição da Presidenta Dilma, a primeira mulher
Presidenta do Brasil, mas com o conjunto também dos resultados eleitorais, que
vão, certamente, dar condições para o Brasil avançar, e muito mais, rumo a uma
Nação feliz, para um futuro imediato. Um grande abraço a todos, felicidades, e
grande futuro para todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, como brasileiro, devo dizer que desejo para o Sr. Tarso Fernando
Hertz Genro sucesso no Governo, mais do que ele teve na Prefeitura. Desejo à
Dona Dilma Rousseff sucesso na Presidência da República e que ela seja
muito feliz, para a felicidade de todos os brasileiros.
Mas eu não compartilho da mesma alegria de muitos
dos Vereadores que foram à tribuna. Pessoalmente, muito pouco contato tive com
a futura Presidente; só quando ela foi Diretora-Geral desta Casa. A minha
primeira referência à pessoa de Dilma Linhares - era Dilma Linhares naquele
tempo - foi feita pelo então Prefeito eleito, Alceu Collares, quando eu era o
Prefeito de Porto Alegre, e ele me disse: “Dib, vou colocar na Secretaria da
Fazenda uma economista, e tu vais ver que surpresa ela vai ser. Uma surpresa
agradável”. Durante um ano ela esteve, e não sei que reclamações houve contra
ela.
Mas eu não posso participar dessa alegria, porque
eu não vi essa democracia tão decantada, onde trinta milhões de brasileiros
deixaram de votar. Não vi um debate à altura das necessidades do povo
brasileiro. Eu vi muita propaganda. Falaram em emprego, em criação de
empregos... Ouvi o Ministro Lupi dizer que haviam criado um milhão e alguns
milhares de empregos, e, no mesmo dia e na mesma hora, estavam pagando a sete
milhões e setecentos mil desempregados o seguro-desemprego. Esse é o emprego
criado no País!
Portanto, eu quero, sim, democracia, mas democracia
vai se fazer com Reforma Política, com Reforma Partidária, não editando Medidas
Provisórias da forma como estão sendo editadas, menosprezando o Congresso
Nacional; os Deputados reclamando, reclamando, reclamando, e os Senadores
fazendo a mesma coisa, mas votando as Medidas Provisórias, trancando todas as
matérias que tramitam nas duas Casas. Vamos governar pela Constituição, com as
Leis da Constituição, que diz claramente quando é que tem que ser Medida
Provisória e quando pode ser. Vamos respeitar! Eu acredito na Presidente Dilma
que isso vai acontecer. Vou ter certeza de que a Presidente, com todas as
proclamações que fez de preocupação com a Saúde, imediatamente resolva
autorizar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Porque, nos oito
anos do Governo Lula, Porto Alegre recebeu menos recursos para a Saúde. Quem
quiser ver o que há de problemas na Saúde em Porto Alegre, e quiser criticar a
Prefeitura, passe agora na Av. Jerônimo de Ornelas para ver quantos ônibus
trazem pessoas do Interior para serem atendidas no Hospital de Clínicas; passem
perto da Santa Casa, passem perto do Hospital Conceição... A Saúde precisa de
recursos; sem recursos não se resolvem os problemas da Saúde, e o Governo
impediu, claramente, por duas vezes, eu vi e ouvi o Deputado Henrique Fontana e
o Deputado Vaccarezza, Líderes do Governo, dizendo que o Governo não quer que a
Emenda nº 29 fosse regulamentada, porque, se ela fosse regulamentada, ele teria
ter que dar 10% da sua arrecadação tributária para a Saúde. Espero que a nova
Presidenta, ou Presidente, como queira ser chamada, tome essas medidas
pequenas. Vejam que não falei em Reforma Tributária, até porque, mesmo sem ela,
muita coisa pode ser feita em benefício dos Municípios que sofrem muito neste
País; muita coisa pode ser feita! Mas que se pense na Reforma Tributária, sobre
a qual também foi impedida a votação de propostas isoladas que apareceram, que
vêm aparecendo há bastante tempo.
Espero, como brasileiro, que tudo corra bem, mas,
como eleitor brasileiro, não posso dizer que esteja feliz, que esteja
satisfeito. Se o Ver. Todeschini tem 47 anos, eu tenho 81, e fico realmente
triste, decepcionado, sabendo que trinta milhões de brasileiros deixaram de
expressar a sua vontade, e talvez esses venceram a eleição; trinta milhões de
brasileiros fariam uma diferença enorme! Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Nelcir Tessaro): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não
iria ocupar a tribuna, mas como estou inscrito para falar em Comunicações, não
posso deixar de fazê-lo. Os nossos tradicionais políticos, Verª Fernanda, que
comandaram o nosso País, o nosso Estado, as nossas cidades, esses políticos que
tiveram o seu passado, há muitos anos, não empolgaram a Nação e a sociedade. Se tivessem empolgado por meio de investimentos em Saúde, em Educação,
em Cultura, Habitação, talvez não houvesse toda essa ausência de eleitores que
teve, como disse o Ver. João Antonio Dib.
Verª Fernanda
Melchionna, nós, jovens, não podemos cobrar de quem ainda nem começou o seu
governo; não podemos! Nós, que acreditamos, temos que confiar e respeitar a
vontade da maioria, que é o povo.
Quero dizer às
senhoras e aos senhores que eu tenho uma grande esperança, Ver. Aldacir José
Oliboni, nesta mulher que assumiu a Presidência. Convivi com ela por muitos
anos, sei da capacidade, das ideias e do coração dela. Convivi por muitos anos
com ela; tenho orgulho de falar dela e do Carlos Araújo.
Se eu estou aqui
hoje, Ver. Oliboni, é porque eu tive uma oportunidade e uma orientação dentro
da casa da hoje Presidente Dilma e também do ex-Deputado Carlos Araújo. Devo
muito a eles, que me adotaram e me orientaram para o bem.
No começo do ano,
Ver. Aldacir José Oliboni, eu almoçava com o ex-Deputado Carlos Araújo, e ele
me dizia: “DJ, a Dilma tem uma política como a que você defende: as praças da
juventude, os territórios da paz, ela vai espalhar pelo Brasil todo”. Eu confio
nisso! Ele também me falou sobre a questão da luta para implantar as escolas
técnicas. Então, eu começo a acreditar, quando vejo, na prática, algo que dê
oportunidade para esse jovem que, infelizmente, está sem opção, sem condição
nenhuma de poder se defender do crime e é jogado sem oportunidade nenhuma na
vida.
Quero também dizer
que, infelizmente, Ver. Engenheiro Comassetto, a grande prova foi neste
domingo, em que a maior parte dos Partidos perdeu a sua identidade, tanto que
Partidos pequenos tiveram mais representação em seus governos, em Estados, do
que Partidos grandes. Está aí a resposta da sociedade que não acredita mais em
Partidos políticos; acredita, sim, no homem e acredita na mulher.
Encerro, dizendo que
acredito nesta mulher, e acredito que o jovem vai ter o seu espaço. Parabéns,
Dilma. “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde nasci”!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra em Comunicações.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Vereador-Presidente,
Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e
todos os que nos assistem, hoje é um dia de reflexão, de avaliação, é um
momento em que a gente, que participa há bastante tempo do processo político,
pode dizer que a democracia realmente se fez, ou seja, podemos falar que o
nosso Presidente Lula foi um cabo eleitoral de primeiríssima qualidade da então
Ministra Dilma Rousseff, e a democracia permitiu que assim o fosse. Estamos
vivendo num ambiente democrático.
A Ministra Dilma,
agora Presidente da República, é uma pessoa - não tenho dúvida - que vai fazer
o melhor, vai-se empenhar, assim como faria, com certeza, José Serra, candidato
a quem dei o meu voto e com quem colaborei.
Nós estamos, agora,
num momento pós-eleitoral, aquele momento em que vamos realmente ter que fazer
um Brasil melhor, porque na minha área, por exemplo - como médico, há 30 anos,
e Vereador, já há alguns anos -, na área da Saúde, vejo que o nosso País e o
nosso povo pobre carecem de saúde. Quando falam em Saúde neste País, não
destinam os recursos necessários; quando falam em Saúde, ela é a quinta ou
sexta opção de atendimento. Na hora da política, muitas vezes, ela é a maior
carência do nosso cidadão, da nossa cidadã; na hora da execução, ela vai “para
baixo do tapete”.
Estamos entrando em
uma nova era, com uma mulher na Presidência da República, o que acredito que
também é uma coisa positiva, é uma inovação no nosso País. Mas eu acho que o
Governo Lula deixou muito a desejar na área da Saúde. Nós precisamos retomar,
com força, essa matéria no nosso País. Precisamos regulamentar a Emenda
Constitucional nº 29. Precisamos que seja feito, realmente, o que foi prometido
na campanha eleitoral.
Eu, por exemplo, que
sou um grande batalhador pelas UPAs aqui no nosso Município, desde que surgiu
esse Projeto, ouvi, durante toda a campanha, que a Ministra Dilma vai fazer
quinhentas UPAs no Brasil. Vamos começar, então, a dar o exemplo: vamos fazer,
de imediato, as quatro UPAs de que Porto Alegre tanto necessita; elas estão
encaminhadas, basta apenas que se “bata o martelo”, politicamente, para que
saiam do papel e que comecem a atender e dar qualidade de vida, qualidade de
atendimento para a população que mais precisa. Precisamos, realmente, investir
com muita força na área da Saúde.
Eu também quero
deixar aqui a minha opinião sobre a Segurança neste País; pelo que se tentou
fazer, ainda não deu certo. Há algumas iniciativas do Governo Federal que até
agora não se materializaram. Está na hora de enfrentarmos, com força, a questão
da Segurança neste País. Isso não é coisa do Município, não é coisa apenas de
Estado, é Segurança nacional; é a vida do cidadão no dia a dia. É poder sair-se
de casa sem olhar para o lado; é poder esquecer-se a chave no carro e saber que
ele vai estar lá, quando se voltar; é deixar o carro - não dentro de um shopping - estacionado em uma avenida e
saber ele vai estar lá. Nós queremos voltar a ter esse tipo de situação: que as
pessoas possam sair à noite, que possam se sentir tranquilas.
Eu acho que é um bom
momento para iniciarmos, com mais força, esse processo. Saúde, Segurança e
Educação formam a tríade em que qualquer bom Governo deve se pautar. Vamos
conseguir recursos; o Pré-Sal está aí, vamos ver se realmente esses recursos
aparecem para toda a sociedade. Eu desejo a todos que
estão, agora, vencedores... Eu acho que o Brasil tem que ser vencedor. Todos
estamos unidos, e o importante é que tenhamos saúde. E como dizia o meu
tio-avô, Aparício Torelly: “quando estivermos atrás de um sonho, por favor, se
não tiver na primeira padaria, vamos para a próxima”. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Dr. Thiago Duarte.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr.
Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, todos que nos assistem, antes eu gostaria de parabenizar a
Nação brasileira e principalmente as mulheres; que Deus ilumine a nossa
Presidente Dilma Rousseff, que continue neste caminho!
O Dr. Raul acabou de
falar que faltam saúde, educação, esporte e lazer para que este País seja um
país de Primeiro Mundo.
Sr. Presidente, o que
me deixou muito contente foi uma caminhada com o Prefeito na Zona Sul; o Dr.
Thiago esteve junto. Damos uma passada na Ponta Grossa, onde trabalho há nove
anos, com a inclusão social pelo esporte, e houve uma atenção muito grande
naquela área. Já estão sendo feitas obras para que essa população tenha
condições e a tranquilidade na época das chuvas, das enchentes, para que possam
sair de casa para o seu trabalho e deixar a sua família tranquila e confortável.
Meus parabéns à equipe do Prefeito, parabéns aos Secretários que estiveram lá;
nós queremos agradecer mesmo. Nós, Vereadores, estamos ali fiscalizando, não só
na Zona Sul, mas por toda Porto Alegre, o que é importante.
Outra coisa que me deixou muito contente: em 1972,
a primeira vez que eu vim à Capital dos gaúchos, com o América Futebol Clube,
para jogar contra o Internacional, paramos no Hotel Everest, e eu, como de
costume, Ver. Dib, quando ia à Bahia, visitava o Mercado Modelo, em Recife,
visitava o Mercado de lá; e aqui fui visitar o Mercado de Porto Alegre. Eu
achei uma maravilha, que coisa linda este Mercado! Mas não sabia que, no
futuro, me esperava aquele Mercado: hoje, sou seu vizinho, e, nas minhas
folgas, passo a maior parte do meu tempo, conversando com o pessoal ali dentro.
Fico contente com tudo isso que vai ser feito pelo Mercado Público, dito pelo
nosso Prefeito José Fortunati e dito pelo nosso Secretário Valter Nagelstein,
como o estacionamento subterrâneo, Verª Fernanda, para que o Mercado possa
receber mais e mais pessoas.
A nossa orla do Cais do Porto será modernizada. Os
banheiros do Mercado Público são importantes; aqueles banheiros não condizem
com o nosso Mercado Público, que é tão bonito. O Mercado acabou de fazer 141
anos, João Dib. Parabéns aos gaúchos, principalmente a Porto Alegre por ter
esse Mercado lindíssimo, um Mercado acolhedor, com as coisas gaúchas, as coisas
típicas nossas.
Eu, que sempre estou passando no Mercado, sei que
há uma reivindicação muito grande do pessoal que não têm como estacionar, os
banheiros são pagos, então o pessoal faz xixi em volta, ali atrás, nos
cantinhos. Então, eu acho que isso agora vai terminar, e nós vamos ter um
Mercado digno, lindo - já é lindo, e vai ficar mais bonito -, porque nós, gaúchos,
porto-alegrenses, merecemos.
Parabéns, Mercado Público! Parabéns, Prefeito, por
tudo que está fazendo pela nossa querida e linda Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, passada a eleição, vamos voltar, Ver. Bosco, a tratar do nosso
cotidiano. Eu tenho algumas preocupações e pretendo levar diretamente ao nosso
Prefeito, José Fortunati. Na área central, preocupa-me, Ver. Dib, o que está
acontecendo com o cinema Capitólio. V. Exª lembra, Ver. Dib, eu até fui
admoestado pelo Prefeito da época, Raul Pont, que nos trouxe um Projeto aqui - eu
acredito que lá por 1995 -, pedindo o máximo da urgência - ele e o então Ver.
Antônio Hohlfeldt -, para que se encaminhasse o que seria a equação definitiva
para aquele prédio? Eu protestei, na ocasião, dizendo que nós não teríamos nem
pressa exagerada nem seríamos morosos; e, no tempo hábil, aprovamos tudo o que
a Prefeitura tinha pedido, que outra coisa não era senão a possibilidade de se
dar ao proprietário - era da família Pianca, se não me engano - o chamado
índice coringa, ou seja, ele ficaria com a possibilidade de vender o índice
construtivo do prédio para ser colocado em qualquer ponto da Cidade de Porto
Alegre. Em contrapartida, ele entregaria para Prefeitura o prédio para que ali
saísse um centro cultural. E, de lá para cá, houve inúmeras solenidades - eu
sou vizinho da área -; vi banda de música, painéis, toda a forma de divulgação
de iniciativas que ali iriam ocorrer. Chegaram até a restaurar grande parte do
prédio, e essa restauração concluída, quatro ou cinco anos atrás, já se está
desgastando por inteiro. O passeio público, que é uma preocupação de V. Exª,
Ver. Dib, que foi prioritariamente cuidado, na ocasião, também já está
comprometido. Então, eu quero saber a quantas anda essa situação? Quem está
responsabilizado com a promoção? Será que a Prefeitura não tem que agir mais
fortemente, Ver. Toni, em situações como essa? E essas praças todas que são
adotadas pela comunidade? Fazem uma limpeza bonita, ficam dez, quinze anos lá,
e em alguns casos até consagram o nome, como é o caso da Praça da Encol; todos
falam em Praça da Encol, porque um dia a Encol - que já quebrou - chegou e
adotou aquela Praça. E hoje a empresa nem pode ser responsabilizada, porque não
existe mais! Então, esses processos como o da cobertura do Auditório Araújo
Vianna... Dr. Dib, o senhor foi Prefeito desta Cidade e precisa me ajudar a
cobrar essas coisas! Eu sei que o senhor não mora no perímetro central e nem na
Restinga, onde eu estou com uma série de preocupações! Eu vou me resguardar
para um dia ficar só mostrando, Ver. Bosco, os centros esportivos que estão
inteiramente atirados.
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Lá na Restinga!
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Lá na Restinga, Ver. Bosco!
(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Ah! Porque do centro esportivo não tem quem cuide!
V. Exª mesmo me confessou. Foi uma confusão ali no Zero Hora, queriam tirar
aquela casinha dali!
Por isso, Vereador, eu quero dizer que alguém muito
sábio declarou um dia - e esse sábio é complementado pelo Ver. Dib - que,
solucionando os pequenos problemas, a gente oferece grandes soluções! E eu acho
que a nossa Cidade está cheia de pequenos problemas, muitos dos quais, Sr.
Presidente, podem ser decididos por uma questão de vontade política, é uma
questão de decidir! Eu, com o perdão dos que trabalham nesta Cidade - e não são
poucos -, diria que hoje há muitas instâncias de deliberação e poucas que
finalizam os processos. Há assuntos que estou discutindo na Cidade há um ano e
tanto e que não chegam aqui na Câmara! As pessoas telefonam, cobram e querem
resultados, e a gente não tem resposta a oferecer!
Então, agora, terminou a eleição. A Dona Dilma vai
ser a Presidente; Deus vai abençoar, e ela vai fazer tudo aquilo que ela se
comprometeu em fazer, e todos nós ficaremos felizes em relação a isso. E nós
vamos cuidar dos assuntos de Porto Alegre. Vamos estar ao lado do Prefeito
Fortunati, procurando ajudar, mas não vamos mais calar sobre esses problemas.
Até aqui na Câmara vamos dizer o seguinte: não
precisa mais lei para fazer transporte seletivo, lotação na Restinga, já tem
lei suficiente. Não precisa mais criar outras leis e aumentar mais ainda a
expectativa daquele pessoal, sem solução à vista. Era isso, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está encerrado o período de Comunicações.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC. Nº 2496/10 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 108/10, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, que
dispõe sobre prestação de serviços públicos aos loteamentos irregulares, ou em
fase de regularização, que especifica. Com Emenda nº 01.
PROC. Nº 3769/10 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 040/10,
que ratifica Protocolo de Intenções,
com a finalidade de instituir o Consórcio Público da Associação dos Municípios
da Região Metropolitana de Porto Alegre (CP-GRANPAL).
PROC. Nº 3770/10 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/10,
que cria 10 (dez) cargos de Auxiliar de
Farmácia, 5 (cinco) cargos de Biomédico, 9 (nove) cargos de Farmacêutico e
extingue cargos de Auxiliar de Administração Hospitalar, todos de provimento
efetivo, na Administração Centralizada do Município de Porto Alegre, constantes
da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores.
PROC. Nº 3775/10 –
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/10,
que revoga o art. 6º da Lei nº 2.835,
de 10 de setembro de 1965, que doa áreas de terra ao Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense e dá outras providências.
PROC. Nº 3554/10 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/10,
de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede a Comenda Porto do Sol à Associação Gaúcha dos Advogados do
Direito Imobiliário Empresarial – AGADIE.
PROC. Nº 3673/10 –
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/10,
de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, que concede a Comenda Porto do Sol ao senhor
Marcelo Ribeiro Freixo.
O SR.
PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, parece até que eu combinei com a 1ª Secretaria da Casa a
organização da discussão preliminar da Pauta no dia de hoje, porque é
praticamente a continuação do que eu vinha dizendo aqui na minha intervenção
durante o período de Comunicações.
Vejam os senhores que nós temos o primeiro Projeto,
que está em discussão, em 2ª Sessão, o PLL nº 108/10, de autoria do Ver.
Paulinho Rubem Berta, que dispõe sobre prestação de serviços públicos nos
loteamentos irregulares, ou em fase de regularização. Parece até que eu
combinei com o Ver. Paulinho Rubem Berta, integrante da sua Bancada, Ver. Toni
Proença, e um homem da periferia de Porto Alegre, como está escrito no nome:
Paulinho Rubem Berta.
Aquilo que eu dizia, Ver. João Dib, e que V. Exª
transformou inclusive em legenda durante muito tempo, que se resolvendo
pequenos problemas se evita que eles se transformem em grandes, é aqui
enfrentado pelo Ver. Paulinho Rubem Berta, que quer regular uma série de
coisinhas pequenas que acontecem nesses loteamentos em regularização e que são
extremamente burocratizadas as providências que lá tem que ser tomadas.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador,
quando assumi a Prefeitura Municipal, realmente eu disse que o grande problema
de Porto Alegre era o somatório de seus pequenos problemas. E nós juramos,
naquela oportunidade, resolver muitos problemas e não criarmos mais nenhum. Eu
acho que o grande problema de Porto Alegre ainda são os seus pequenos
problemas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Vereador, V. Exª não sabe o quanto me alegra
ouvi-lo reafirmar essas posições. Até porque, há poucos dias, fui surpreendido
por uma senhora, quando entrava num elevador de um prédio na Rua Dr. Flores,
quando, na hora de descer, segurando a porta, disse-me ela que queria se
desculpar - e eu fiquei surpreso, porque ela não havia feito nada comigo -,
porque eu não a entendi, e naquela ocasião em que estavam regularizando a Vila
Nova Brasília, eu havia ficado com a Associação dos Moradores e vi o quanto
eles atrapalharam, naquele momento, para que as boas coisas pudessem ter
acontecido com maior rapidez.
Então, tenho a impressão de que tem que haver, em
determinadas circunstâncias, Ver. Dib, um pouco de confiança. E me parece que a
grande crise, hoje, no País, é a crise de confiabilidade na administração
pública. As pessoas ficam com medo de que os anúncios de grandes obras - médias
ou pequenas - fiquem apenas no início das obras.
Os jornais silenciaram, pois a eleição dominou
todas as folhas dos jornais com a notícia relativa à eleição da Drª Dilma, mas
na sexta-feira, na antevéspera da eleição, Ver. Toni Proença, noticiou-se
amplamente que estavam chegando da China os respiradores para serem colocados
no Túnel de Maquiné - da China, Vereador!
Nós fizemos túnel neste Brasil há cinquenta, há cem
anos, e os respiradores sempre foram feitos no Brasil; agora, buscaram da
China! Sabem o que aconteceu, nesse mesmo dia? O Ministério Público mandou
suspender as obras na inacabada BR 101, porque os empreiteiros não estavam
honrando os direitos sociais dos trabalhadores, não estavam pagando
adequadamente. Então, isso compromete as autoridades! Essa obra lá é interminável. E nós não queremos que essas coisas se repitam nas nossas
vilas em processo de regularização.
Por isso, Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
nesta discussão preliminar de Pauta, eu estou oferecendo a minha solidariedade
crítica ao Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta. Vou dele me ocupar, e agora
que será encaminhado às Comissões, eu quero estar lá com ele, ajudando o Ver.
Paulinho Rubem Berta a resolver e a criar condições objetivas para a solução de
uma série de pequenos problemas que assolam as nossas vilas, especialmente
aquelas colocadas por inteiro na periferia da Cidade e que se encontram hoje em
maiores dificuldades. É a reafirmação de um compromisso que a gente faz, na
hora em que a grande compromissada, neste dia, neste País, teria, e terá de ser
a nova Presidenta, eleita ontem. E nós, mais uma vez, reafirmamos: esperamos
que ela seja feliz, que cumpra integralmente as suas promessas, e satisfaça as
mais lídimas e legítimas aspirações do povo brasileiro. Era isto, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo
mais inscritos, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 16h08min.)
* * * * *